Sunday, April 29, 2007

Desigualdades da VIDA...



Parte-se o meu coração quando vejo imagens como as que escolhi...
Até para nascer é preciso ter sorte!
Mas tanto sofrimento ... nascer para sofrer e morrer, em nome de quê?!...
Eu não gosto destas assimetrias, não são justas.

Friday, April 27, 2007

Monte de Kilimanjaro...









o meu olhar triste visionando Afrika

Tuesday, April 24, 2007

A troca...

Não, não coloquei o cravo vermelho no meu blog, nesta data.
Esta estrelicia, linda ave do paraiso, vem contar a troca que nos idos de 70 fui obrigada a fazer.
Troquei a minha vida e o continente Afrikano, pela Europa
Neste país que eu habito, ainda não no mesmo tempo que habitei a minha terra, as pessoas alegram-se com a DATA e nunca ouvi dizer que lamentam o sofrimento dos que foram obrigados a abdicar das suas próprias vidas.
Seria menos triste saber que alguem compreende a saudade que sofremos todos os dias e que para nós não existem referências de infância, adolescência ou idade adulto. Essas referências vivem no nosso imaginário e é lá que as procuramos quando desejamos lembrar a felicidade que vivemos um dia, lá longe...
Uma vida construida sem raizes é como uma árvore a vogar num rio, a corrente a leva e ela a nada se pode firmar. Poucos entendem porque a sensação só é sentida por quem a viveu.
Eu não lhe chamaria cicatrizes, porque estas são feias, talvez memorandos de uma vida passada...
Aos 31 anos recomecei uma vida social, sentimental, profissional e até climática, dos 40º C de Afrika para os graus negativos das neves da Beira Alta.
Venci tudo, até doenças bem sui generis que se lembraram de me provar e entretanto desapareceram...
Não posso comemorar a DATA, ainda, sem saber como estaria se a minha vida decorresse na minha terra

Sunday, April 15, 2007

Se eu voltar a Afrika, morrem...


todas as minhas inesqueciveis memórias.

Se eu voltar a Afrika eu morro de saudades...

Saturday, April 14, 2007

Agora é a HORA...



O Ponto


Mínimo sou,

Mas quando ao Nada empresto

A minha elementar realidade,

O Nada é só o resto


Reinaldo Ferreira




Esplendor na relva...

Splendour in the grass

"What though the radiance which was once so bright
Be now for ever taken from my sight,
Though nothing can bring back the hour
Of splendour in the grass,
of glory in flower;
We will grieve not,
rather find Strength in what remains behind.“
*Tradução livre:
Esplendor na relva
Aquele brilho outrora tão resplandecente
Dos meus olhos se ausentou para sempre
E agora, apesar de perdido o esplendor na relva
E o tempo de glória em flor,
Em vez de chorarmos, buscaremos força
No que para trás deixámos.
* Parte do poema " Intimations of Immortality" de Willian Wordsworth, retirado do filme "Esplendor na relva" de 1961, escrito por Willian Inge com a interpretação de Natalie Wood, Pat Hingle e Warren Beatty.
retirado da net

E é assim a nossa vida, existem tempos de esplendor em que desabrocham flores e tudo é felicidade e o mundo inteiro é nosso, depois...vem o tempo da recordação, da aprendizagem, do baixar do limiar dos nossos desejos e com eles o crescimento, o sofrimento e o caminhar rumo á simples sobrevivência física.


Tuesday, April 10, 2007

Quo Vadis...

nos idos tempos, um pouco mais modernos que os romanos, quando Holywood ainda imperava como o Eldorado, eu tinha um Tio de que muito gostava, sentimento esse que era reciproco e extensivo ao seu filho, meu primo, que me apaparicava e que eu tambem mimava. Esse meu Tio tinha 2 cinemas, o 1º, o Olympia era o 3º mais antigo da Beira e o que está na foto, o Palácio, luxuoso, que nos fez calcorrear as lojas de Jo" Burg á procura de poltronas , alcatifas e principalmente...do grande cortinado do palco, que resultou verde, um belo veludo verde que atestava o nosso esforço ao escolhê-lo! Quando algo se inaugurava, com a presença das entidades oficiais, era eu, sempre, toda arrebicada como se pode ver na foto, que entregava a tesoura numa salva de prata para a fita ser cortada e permitir o primeiro ingresso.
Fui uma criança feliz, tive sempre muito amor á minha volta.