Saturday, May 24, 2008

retrospectivas...



Ah! arrancar às carnes laceradas

Seu mísero segredo de consciência!

Ah! poder ser apenas florescência

De astros em puras noites deslumbradas!


Ser nostálgico choupo ao entardecer,

De ramos graves, plácidos, absortos

Na mágica tarefa de viver!...


Quem nos deu asas para andar de rastos?

Quem nos deu olhos para ver os astros-

Sem nos dar braços para os alcançar?!...


FLORBELA ESPANCA

1 comment:

Era uma vez um Girassol said...

Florbela...Lindo!
Encontras sempre poemas belissimos, tocantes...
Hummmmm.....

Quem nos deu asas para andar de rastos?
Quem nos deu olhos para ver os astros-
Sem nos dar braços para os alcançar?!...

Amazing, como diriam os ingleses....
Bjinhos